Pacientes que precisaram de atendimento médico no Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, no final de semana, tiveram uma triste constatação: médicos de braços cruzados, pessoas revoltadas e entrada fechada com cones e correntes. A greve fez a primeira vítima.
Uma família do município de Itambé-PE fez uma ‘via crucis’, em busca de atendimento para um parente, mas o homem terminou morrendo dentro da ambulância.
Neste domingo (30), por volta das 20h, a vítima com fraturas em várias partes do corpo, chegou no Trauma em busca de atendimento, mas em virtude da greve dos cirurgiões, teve que procurar outra unidade hospitalar.
Dentro de uma ambulância – gemendo de dores - o homem foi encaminhado para o Hospital Ortotrauma (Trauminha), no Bairro de Mangabeira, na Capital, mas ao chegar no complexo hospitalar, não foi atendido devido a complexidade do caso.
Na esperança de ser atendido, familiares do enfermo retornaram para o Hospital de Trauma, mas ao chegar na entrada principal da unidade, o homem morreu dentro da ambulância.
Foram momentos de desespero e angustia. Os parentes ficaram revoltados com a situação encontrada no Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa. O caso foi registrado na 10ª DD.
Acordo quebrado
De acordo com o secretário de Saúde do Estado, Waldson Sousa, os médicos cirurgiões não cumpriram com o acordo firmado durante várias rodadas de negociações no final de semana.
Nesta segunda-feira (30), em entrevista a Fabiano Gomes no Jornal Correio Manhã, da Tv Correio, o secretário afirmou que o Estado aceitou a proposta apresentada pela categoria e recebeu da comissão a garantia de retorno ao trabalho ontem (29), mas o acordo foi quebrado.
Os médicos se reúnem hoje, ao meio dia, na sede do Conselho Regional de Medicina.
Do PortalCorreio
