A partir desta segunda-feira (10), todas as garotas brasileiras de 11 a 13 anos terão direito a se vacinar contra o vírus do HPV (papilomavírus humano) na rede pública de saúde. No ano que vem, a faixa etária da campanha será ampliada para a partir dos nove anos. Por se tratar de uma doença sexualmente transmissível, o assunto deixa jovens e pais cheio de dúvidas. Para esclarecer algumas questões enviadas por internautas, Jairo Bouer trouxe ao @saúde o pediatra Gabriel Oselka, especialista em imunização do Cedipi, em São Paulo.
Oselka eslareceu que essa vacina já foi administrada em mais de 150 milhões de pessoas em todo o mundo. "Efeitos colaterais graves não foram caracterizados até agora", garante. Mas o médico avisa que, assim como para outras vacinas, existe o risco - embora pequeno - de síncopes, ou seja, desmaios, após a aplicação da dose. O problema não é grave, nem deixa sequelas, mas pode ser um pouco assustador, por isso o ideal é que se espere alguns minutos sentada após receber a injeção.
A vacina é administrada em três doses - esse é o esquema que hoje é considerado o mais eficiente. Se a pessoa tomou só as duas primeiras doses este ano e, por algum motivo, puder voltar a se vacinar só no ano que vem, não será preciso começar tudo de novo.
O especialista também lembra que a vacinação é complementar a outros cuidados para a prevenção do HPV, como o uso da camisinha, já que o produto protege contra os principais tipos de vírus causadores de câncer de colo de útero e outras doenças, mas não contra todos os tipos de HPV.
O objetivo da campanha do Ministério da Saúde é vacinar as garotas antes que elas iniciem a vida sexual e possam ter contato com o vírus. A faixa etária de 9 a 13 anos, segundo estudos, é a que alcança o melhor resultado de imunização. Mas a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o uso da vacina em mulheres de até 27 anos e também em homens. Nesses casos, é preciso pagar pela imunização.
UOL