Detentos do Presídio do Serrotão, em Campina Grande, iriam tentar uma fuga utilizando roupas especiais que os protegeriam no momento que pulassem os muros que têm cercas elétricas. O plano foi descoberto a partir de um trabalho de inteligência da polícia e agentes penitenciários, o que acabou por frustrar a ação dos presos.
Os 18 agentes envolvidos no trabalho encontraram equipamentos que serviriam para a fuga. Telefones celulares, lençóis, roupas e sapatos estavam enterrados na lateral do Pavilhão 4, onde ficam detentos que cumprem pena por assaltos e furtos.
Havia cinco celulares, nove coletes, nove luvas e nove caneleiras, que foram produzidos com material de garrafas pet. No local também havia 14 espetos artesanais. Os lençóis seriam usados na confecção de cordas chamadas de “alvarás”, na linguagem dos presídios, explica o diretor do Serrotão, capitão Alexssandro Araújo, revelando que a descoberta do plano de fuga ocorreu na quarta-feira (18).
O secretário de Estado da Adminitração Penitenciária, Harrison Targino, comentou o fato: “A criatividade dos que estão dentro do sistema prisional é imensa. O ócio nos presídios termina por estimular a criatividade na busca de soluções de fuga. Por estamos formando um grupo de estudo para análise das tentativas e mecanismos de fuga para que possamos discutir as ações antes que elas aconteçam. Dessa vez, a ação inteligente e rápida dos agentes penitenciários frustrou a criatividade dos criminosos”, avalia o secretário.
A direção do presídio está investigando o fato. Até agora, cinco acusados foram identificados e deverão ser transferidos nos próximos dias para a Penitenciária de Segurança Máxima localizada em João Pessoa.
Portal Correio