4 de mai. de 2011

A vitória de Cássio e o esperneio de Wilson Santiago


Soube que Wilson Santiago vai recorrer da decisão do ministro Joaquim Barbosa. Não sei o que ele deseja com o recurso, só adianto que não vai ter muito resultado. Primeiro porque o tal remédio jurídico a ser invocado pelo desesperado Santiago não tem efeito suspensivo. Cássio toma posse de todo jeito. Depois, como a impugnação a candidatura de Cássio aconteceu com base na Lei da Ficha Limpa, de nada adiantará invocar outras leis ou decretos, pois juiz nenhum, mesmo da comarca de Uirauna, vai dar ouvidos aos seus lamentos.

Sei que Wilson é um homem muito rico, em condições de gastar rios de dinheiro. Tem como contratar os mais caros advogados do país para defenderem sua causa. Porém, contudo e todavia, como homem inteligente tem consciência de que vai jogar dinheiro fora, ou melhor, botar dinheiro no bolso desses competentes profissionais sem a certeza da contra partida. Mas se quer gastar e tem como, deixemos que gaste. É até bom para diminuir o matulão.

Cássio, por seu turno, chega a Paraíba e será diplomado pelo TRE. Depois disso, volta a Brasilia, toma posse e cumpre o mandato. O resto é bazófia, conversa fiada, desculpa de amarelo, arreganhamento de perdedor.

E não poderia ser diferente. Ele foi eleito para ser o representante dos paraibanos no Senado. Se os paraibanos quisessem Wilson Santiago, teriam votado nele. Mas votaram em Cássio, deram um segundo lugar a Vitalzinho, deixando Wilson em terceiro. E até que ele fez bonito, pois derrubou o até então todo poderoso Efraim Morais, que já era senador.

Com certeza não ficará desempregado. A má vontade que Dilma tem demonstrado para nomear Zé Maranhão, se transformará em boa vontade para dar um cargo de projeção a Wilson Santiago. Ele é jeitoso, manhoso, simpático, envolvente, de boa conversa. Não me admirarei se dentro de pouco tempo estiver ocupando um gabinete ao lado do gabinete de Dilma, salvando-se de virar primeiro damo porque é casado, e, como sabemos, bigamia é crime previsto nas leis brasileiras.

Blog do Tião Lucena