A ocupação desordenada do espaço urbano de Parelhas, onde, principalmente os terrenos dos bairros periféricos são usados como moeda de troca para “negócios”
eleitorais e especulativos, começa a mostrar o outro lado da moeda. Aqui, impressiona a quantidade de placas de “vende-se ou troca-se” colocadas em alicerces e paredes construídas pela metade, alem de construções de calçadas e fossas sépticas, fora do alinhamento das vias públicas e até muros fechando ruas.
Porem, o pior vem acontecendo nestes últimos dias de março, quando grandes poças de água da chuva acumulada pelo chamado riacho do Cemitério, misturada com as dezenas de esgotos das casas das adjacências, transformam parte da rua Semeão Oliveira, no bairro Ivan Bezerra, num pantanal de água e lama borbulhante, podre em cuja superfície se vê boiando as coisas mais esquisitas, desde dejetos até flores de plásticos trazidas pelas águas, do interior do cemitério Campo da Paz, que fica nas proximidades.
Sem ter pra quem apelar, os moradores do local resolveram escrachar e prepararam um boneco de pano em tamanho natural e o colocaram em posição de cócoras à beira do riacho, segurando uma vara e linha como se estivesse pescando os toletes na água podre.
O boneco pescador chamou a atenção dos transeuntes que já começaram a imaginar qual será o tema do “judas de 2011”. Uma placa improvisada também foi posta no local, com as palavras: prefeito bom, mas a maioria concorda que deveria ser mesmo no plural, pois todos os prefeitos parelhenses, dos últimos tempos, contribuíram para este flagelo urbano que está apenas começando.
DO PARELHAS NET