Engajada em uma maratona de entrevistas, desde o início desta semana, a Secretária de Finanças do Governo, Aracilba Rocha, deixou escapar uma declaração um tanto preconceituosa, quando o assunto é a ‘hereditariedade’ na política paraibana.
Nesta quarta-feira (04), durante entrevista a rádio CBN João Pessoa, Rocha se sentiu a vontade para comentar sobre a formação do parlamento estadual e ‘sem querer’ acabou alfinetando três das principais representantes governistas na Assembleia Legislativa da Paraíba – Eva Gouveia (PTN), Léa Toscano (PSB) e Gilma Germano (PPS). As parlamentares, que são esposas de políticos veteranos (Rômulo Gouveia, Zenóbio Toscano e Buba Germano), conseguiram se eleger pela primeira vez em 2010 para um mandato estadual.
“Na Assembleia é a mulher de um que é eleita deputada, a mulher de outro, o filho de um deputado, o sobrinho de um ex-senador. Aqui (na Paraíba) nós só temos reprodução disso aí. É uma hereditariedade que desconheço”, lamentou.
A secretária fazia a defesa da gestão de Ricardo Coutinho, enfatizando o quadro e o impacto da mudança após as gestões cassista e maranhista, quando criticou o processo de ‘hereditariedade’ na política da Paraíba.
“Essa (hereditariedade) da política da Paraíba é uma genética que desconheço. Era bom que essas hereditariedades servissem para descendentes do famoso compositor erudito Vivaldi, por exemplo, entre outros renomes do conhecimento, e não disso aí”, detonou.
A criticas de Aracilba não se resumiram apenas ao parlamento. Rocha também mirou no executivo. Para a secretária, a exceção do município de Sousa, as outras cidades com maior densidade eleitoral do Estado não apresentam mudanças graduais quando o assunto é o comando da administração. “Quando não é uma família que ganha é outra, é sempre assim.”, disparou.
Do PBAgora