21 de mar. de 2011

Ricardo faz reunião de emergência da Comissão Interpoderes e entrega lista de fantasmas ao MP


O governador Ricardo Coutinho realizou durante toda a manhã de hoje reunião de emergência da Comissão Interpoderes, na Granja Santana, onde entregou ao procurador geral de Justiça, Oswaldo Trigueiro, a lista de funcionários fantasmas e defuntos localizados na folha de pagamento do Estado.


A relação contem aproximadamente 400 nomes, enquadrados nas repartições públicas da Paraíba. O MP já anunciou que investigará a responsabilidade pelas contratações (veja declarações do procurador abaixo).

Além dos fantasmas e defuntos, o governador revelou que o duodécimo dos poderes também foi tratado na reunião, mas não antecipou se haverá novos cortes ou restabelecimento dos percentuais. Desde janeiro, o Estado diminuiu 3,5% do volume de recursos destinados a Assembléia Legislativa, Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas e Ministério Público.

“Sempre tratos desta questão – eu durmo e acordo pensando nas contas que tenho que pagar em nome do Estado e nos poucos recursos disponíveis”, disse o governador.

Ele revelou ainda que discutiu na reunião de hoje, que não chegou a ser divulgada pela Comunicação do Estado, a instalação de um comitê integrado entre os poderes para o enfrentamento da criminalidade.

Ricardo Coutinho acredita que somente com o envolvimento do TJ, AL, TC e MP poderá solucionar “os problemas complexos da segurança pública”.

Relação fantasmagórica O procurador Geral de Justiça, Oswaldo Trigueiro, confirmou que recebeu na manhã desta segunda-feira a lista de funcionários comissionados do governo Maranhão III, entre os quais, segundo denúncias do atual governo, constam a existência de funcionários fantasmas e pessoas já falecidas.

De acordo com Oswaldo Trigueiro, as denúncias serão passadas para a apreciação do Ministério Público que ao final fará um relatório.

O procurador não quis adiantar nenhuma informação sobre os documentos recebidos hoje, apenas disse que a imprensa terá acesso ao relatório que deve ser feito assim que as análises forem concluídas.

Ele também não quis adiantar prazos. "Como o volume de informações é muito grande não dá para fazer uma previsão, mas acredito que em breve", disse.

Oswaldo Trigueiro disse, ainda, que os procedimentos do Ministério Público após a análise do material só serão decididos após a conclusão do relatório.

"Os procedimentos vão depender das análises feitas. Só diante das informações é que saberemos os desdobramentos do caso", explicou.


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