Os valores morais da República têm que ser observados, e a ordem jurídica nacional não pode ser manipulada por interesses deletérios daqueles que não respeitam o Estado Democrático de Direito. Por isso, exige-se muito respeito dos segmentos políticos imorais, que se assanham para interferir no Judiciário visando à absolvição de políticos petistas, processados por envolvimento no rumoroso caso dos mensaleiros do Congresso.
A sociedade brasileira tem que estar mobilizada para impedir que os conspiradores da pátria desmoralizem as nossas instituições ao fazer pressão para que um bando de 40 transgressores públicos seja anistiado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Nada justifica até o presente a morosidade do STF para manifestação sentencial dos mensaleiros senão a suspeitável interferência política dos representantes petistas através de seus olheiros dentro da suprema corte. E isso não é difícil verificar.
Quem não se lembra da grande interferência do ex-ministro político de toga, do STF, Nelson Jobim, a serviço do Planalto, para convencer o Supremo a votar favoravelmente pela taxação das aposentadorias e pensões dos inativos federais da Previdência Social, um verdadeiro confisco dos direitos adquiridos? Hoje, esse cidadão é o ministro da Defesa e já deu o seu recado para tentar salvar a pele dos lobos petistas das garras da Justiça ao convidar o ex-deputado e ex-presidente do PT José Genoino – réu no mensalão por formação de quadrilha - para trabalhar como seu assessor.
Essa estratégia, para influenciar o julgamento no Supremo Tribunal Federal, está muito clara. Dias atrás, o deputado federal João Paulo Cunha (PT/SP), que responde no Supremo por lavagem de dinheiro, corrupção passiva e peculato, foi escolhido pelo PT para presidir a comissão mais importante da Câmara, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Vejam o que disse o deputado federal Devanir Ribeiro (PT/SP): “O Jobim deu um recado ao governo e ao PT. Por que nossos ministros não convidam companheiros processados para trabalhar? Vamos vencer a batalha da opinião pública.”
Por Júlio César Cardoso
Bacharel em Direito e servidor federal aposentado
Balneário Camboriú-SC